No elenco de “Salve-se Quem Puder”, Sabrina interpreta Micaela, filha do grande vilão do folhetim, interpretado por Leopoldo Pacheco. Essa é a quarta produção da atriz na Globo e ela reedita no folhetim a parceria de sucesso com o ator Marcos Pitombo, com quem fez “Haja Coração”.
1- Quando você percebeu sua vocação artística?
Muito cedo. Mesmo! Mas sabe quando você acredita que precisa ter um plano B, porque é uma profissão instável? Foi isso o que fiz. Eu me formei em jornalismo e trabalhei em rádio durante uns sete anos. Até que chegou um momento em que eu percebi que nunca seria feliz se não fosse fazer aquilo que amava. Fui cursar a Escola de Arte Dramática da USP e as coisas foram acontecendo. Hoje, mais do que nunca, vejo que se não tivesse me jogado, não estaria plena e realizada.
2- Na novela "Haja Coração", você interpretou Shirlei, uma jovem deficiente. Você fez algum laboratório para dar vida a personagem? Teve alguma referência?
Sim, muito. Eu gosto de pesquisar, adoro um trabalho de composição. E para a Shirlei eu fiz um trabalho bem específico corporal, para o jeito de ela andar. Foi uma novela muito especial para mim e que eu amei fazer. O público tinha um carinho imenso por ela e torceu de verdade para que ela fosse feliz. Aquilo me emocionou muito.
3- Qual personagem você ainda gostaria de interpretar na TV ou no teatro?
Nossa, são tantas! Não sei nem escolher uma só (risos). Fiz personagens muito legais até agora e tive o privilégio de ter papéis diferentes uns dos outros. Mas talvez uma vilã? Acho que é isso. Uma vilã daquelas bem cruéis (risos). Que o público ama odiar. Eu acho que iria me divertir com uma personagem assim.
4- Atualmente na novela "Salve-se Quem Puder", você interpreta a Micaela, que por coincidência está fazendo uma dobradinha com o ator Marcos Pitombo. Você já teve algum retorno do público sobre esse casal que foi tão querido na na novela "Haja Coração"?
Tivemos uma parceria tão feliz em Haja Coração e esse reencontro tem um gostinho especial para a gente e, claro, para os fãs. Muitas pessoas que torciam pela Shirlei já vieram falar que torcem pela Micaela e o Bruno. Vamos ver o que o nosso autor está criando para esses dois. Daniel é um autor muito criativo, cheio de reviravoltas... Teremos que aguardar a segunda temporada da novela para saber o que ele vai inventar para esse casal.
5- O que você tem em comum com a Micaela? Agora com a novela indo para a segunda temporada, o que você espera da sua personagem?
A Micaela tem uma coisa de acreditar no outro, sabe?! Eu sou assim também. Até que me provem o contrário (risos). Ela é mais ingênua do que eu. Já passei por algumas situações que me deixaram mais esperta. Bom, no final da temporada, descobrimos que o Hugo (Leopoldo Pacheco), pai da Micaela, é o grande vilão da história. Ele nunca tratou muito bem a filha, vamos ver como será o desenrolar dessa trama. Mas eu torço pela felicidade da Micaela (risos).
6- Você é casada e mãe do foférrimo Gael. Como você consegue conciliar a vida de atriz, esposa e mãe? Tem tempo ainda para cuidar da beleza?
Gael está cada vez mais lindo. É papo de mãe babona mesmo, né? E eu sou completamente. Única coisa boa desse isolamento social é poder ficar grudada nele e ver cada coisa nova que ele aprende. Acho que é uma vida como a de toda mulher que trabalha, que cuida do filho e do relacionamento. Vamos equilibrando e dosando todos os lados, para não deixar faltar em nenhum, sabe?! Amo o que estou construindo com o Ramon, meu marido. Nossa história, nossa família, esse sentimento é a coisa mais gostosa do mundo e eu não tinha ideia disso. É muito amor. Sobre beleza, sim, eu dou meu jeitinho. Sou vaidosa no limite, sabe?! Mas gosto de cuidar da pele, do meu cabelo, de estar cheirosa...
7- E nesta quarentena, você está aproveitando para cuidar mais da casa, descobrindo novas habilidades? E quais são os planos pós?
Aproveitando não, eu só cuido da casa, do Gael, de todas as coisas. Estamos isolados eu, Ramon e Gael. Eu criei um organograma, que está na nossa geladeira, e que tem horário para tudo. Uma forma de a gente manter a rotina e não perder o equilíbrio nesses dias. Acordo umas seis, limpo a casa, limpo bem o chão, porque o Gael está dando os primeiros passinhos, mas engatinha... Depois tem o almoço, tem as brincadeiras que inventamos para entreter o Gael... Descobri que tenho uma força que não sabia que tinha. Sei que sou privilegiadíssima por poder ficar em casa, por viver essa pandemia sem precisar me arriscar... Mas ter um filho, nossa, isso trouxe uma leoa dentro de mim, uma força e energia que impulsiona e me faz seguir. Os planos para o pós? Gostaria muito de ver as pessoas que eu amo e voltar a exercer esse ofício que tanto me completa, que é atuar.
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